terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

CAP.IX EFEITO DAS INTERDIÇÕES PSICOLÓGICAS





Estágios
Alerta
Ao perceber um perigo real ou imaginário, o organismo se prepara para o confronto. Isso é feito com descargas extras de hormônios na corrente sangüínea.O principal deles é a adrenalina.
Crônico
Se o stress é permanente, o sistema imunológico entra em colapso, abrindo espaço para doenças oportunistas. Aumenta o risco de males cardíacos e danos as estruturas cerebrais.











Cérebro
Recebe doses mais altas de sub-stancias químicas excitatórias: seroto-nina, dopamina e noradrenalina. O pensamento e os reflexos são agu-çados e as pupilas se dilatam para melhorar a visão.
O excesso de cortisol destrói neu-rônios e prejudica o raciocínio. Também ocorrem lapsos de memória, surtos de raiva, além da depressão e fadiga.










Cabelos
Ficam arrepiados. Isso faz os animais parecerem maiores e mais amea-çadores como quando vão brigar.
Pode haver queda acentuada dos cabelos e escamação no couro cabeludo devido à falta de irrigação sanguínea.










Coração
Os batimentos ficam até cinco vezes mais rápidos que o normal e a pressão arterial sobe.
Estimulado a trabalhar mais rápido corre o risco de enfartar.










Respira-ção
Fica mais rápida para levar oxigênio extra ao sangue.
A respiração acelerada acaba por reduzir a entrada de ar. Pode agravar as crises de asma ou outras doenças respiratórias.










Fígado
Converte as reserva de açúcar em glicose, fornecendo energia extra ao organismo.
As doses extras de glicose no organismo aumentam o risco de diabete e obesidade.









Órgãos
sexuais
Os testículos e os órgãos genitais femininos se contraem com a redução da irrigação sanguínea.
Os níveis de testosterona caem tanto em homens como em mulheres, reduzindo a libido. Nas mulheres, a queda no nível de progesterona provoca cólica menstrual.








Glându-las supra-renais
Liberam cortisol, hormônio que ajuda a manter a força muscular, e adrenalina, que eleva os batimentos cardíacos e a pressão arterial.
O excesso de cortisol e adrenalina causa mau humor, ansiedade e irritabilidade.









Estoma-go e intestino
A digestão é interrompida, permitindo que o corpo dedique toda a energia aos músculos. A sensação de fome desaparece.
A mucosa do intestino fica vulnerável ao aparecimento de ulceras. O excesso de suco gástrico pode provocar gastrite.









Múscu-los
Recebem sangue e oxigênio acima do normal e se contraem para melhorar a performance durante a ação.
A tensão constante causa dores, principalmente no pescoço, costas e ombros e cansaço exagerado.











Pele
Como o sangue vai para outras partes do corpo, fica sem irrigação sanguínea e empalidece.
A falta de irrigação provoca irritação na pele, escamação e envelhecimento precoce.








Sistema circula-torio



Alguns vasos se contraem para reduzir a irrigação de órgãos não-vitais, como a pele e outras extremidades. É por isso que mãos e pés ficam frios.
Os batimentos cardíacos acelerados e a pressão arterial elevada diminuem a elasticidade dos vasos sanguíneos, o que pode levar a doenças cardio-vasculares.









Sistema imuno-lógico
Os linfócitos, células responsáveis pela defesa do organismo passam a produzir menos anticorpos.
Gripes, resfriados e outras doenças infecciosas se tornam freqüentes.







Fonte: revista Veja de 11 de fevereiro 2004

Atenção, mulheres: acontecimentos muitos estressantes podem aumentar os riscos de aparecimento de câncer de mama. Principalmente aqueles que causam tristeza ou luto. É o que sugere uma pesquisa finlandesa, cujos resultados foram publicados na American Journal of Epidemiology, uma importante revista médica dos Estados Unidos. No ranking dos pesquisadores, o divórcio aparece no topo da lista, seguido da morte do marido ou de um parente ou amigo muito próximo. Segundo a pesquisa, o perigo mais do que dobra para as mulheres que se divorciam e é duas vezes maior para as que ficam viúvas. Desgastes emocionais não necessariamente ligados a ocorrências tristes também embutem algum risco. Entre eles, por exemplo, a simples mudança de casa.

“Nenhum estudo do gênero havia conseguido informações tão precisas quantos esse”, diz o oncologista Artur Katz, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O câncer de mama é a segunda neoplasia mais comum entre as brasileiras. De acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer, só neste ano serão registrados cerca de 40.000 novos casos da doença.
A pesquisa finlandesa é produto de um universo riquíssimo em informações – o Finnish Twin Cohort, uma base de dados com histórico atualizado de cerca 20.000 pares de gêmeos nascidos na Finlândia antes de 1958. A partir dela, é possível examinar a influência da genética, do meio ambiente e dos fatores psicológicos no desenvolvimento de doenças crônicas. Para chegar aos resultados sobre o câncer da mama, foram analisados dados sobre a vida de mais de 5.00 mulheres e suas respectivas irmãs gêmeas, recolhidas durante quinze anos. Os pesquisadores concentraram a atenção apenas nos pares de gêmeas em que uma delas desenvolveu câncer e a outra não. Os pares em que as duas irmãs tiveram a doença ou que apresentavam antecedentes familiares foram excluídos. Assim, eles evitaram que uma possível propensão genética pudesse interferir nos resultados. Também foram deixadas de lado as mulheres que apresentavam outros fatores de risco comprovadamente associados ao câncer de mama – como primeira menstruação precoce, menopausa tardia, tabagismo e primeira gravidez em idade avançada. Os médicos, no entanto, continuam sem entender por completo os mecanismos que faz com que o stress repercuta de forma tão negativa na saúde das mulheres. O que se sabe até o momento e que altas doses de stress interferem na produção de estrógeno. Em demasia, o hormônio acelera a multiplicação das células mamarias. Nesse processo, cresce a possibilidade de ocorrer um erro, o que pode levar ao aparecimento de um tumor. Mas ninguém desvendou ainda como o stress age sobre o estrógeno.
Algumas conclusões da pesquisa:

· O divórcio mais que dobra o risco de desenvolver o câncer.
· A morte do marido dobra as probabilidades de a doença aparecer.
· A perda de um parente ou amigo próximo chega a aumentar os riscos em até 40%.
· A perda do emprego pode fazer com que as probabilidades de desenvolver o tumor aumentem em 20%.
Fonte: revista Veja de 30 de abril de 2003

Cresce o câncer da mama antes dos 35 anos e o motivo é uma incógnita, mas os oncologistas estão convencidos que há um aumento do número de casos de câncer na mama em mulheres abaixo dos 35 anos – faixa etária em que este tipo de tumor não é esperado. A maior prevalência da doença, principal causa de morte entre as brasileiras, ocorre a partir dos 50 anos.
Levantamento preliminar do Hospital do Câncer em São Paulo, entre agosto de 2003 e 2004, diagnosticou 84 casos de câncer na mama em mulheres com idade inferior a 35 anos. Esse número representa 16.8% do total de casos novos de tumor mamário que a instituição atende por ano. O esperado seria de 5%. A 7%.
Dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) e da fundação Oncocentro de São Paulo, que reúne informações de câncer de 54 hospitais paulistas, mostram que as mulheres com menos de 40 anos respondem por 15% dos casos da doença. Nesse ano, é esperado um total de 467.440 novas ocorrências do tumor no país. A duvida agora é saber qual a razão desse aumento. Trabalhos realizados no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, que confirmam o aumento, supõem que fatores ambientais (poluição, por exemplo) e mudanças no estilo de vida da mulher moderna (como o estresse, a menarca – primeira menstruação precoce - e a gravidez tardia) possam estar envolvidos nesse fenômeno.
Fonte: jornal Folha do dia 5 de junho 2005

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